O SERVO SOFREDOR NA PAIXÃO SEGUNDO MARCOS (14,1–16,8)
Hermenêutica da solidariedade aos “crucificados” em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.46731/RELICARIO-v9n18-2022-246Palavras-chave:
Servo Sofredor. Jesus Cristo. Crucificado. Crucificados. Pandemia. Covid-19. Solidariedade.Resumo
Este artigo intitulado “O Servo Sofredor na Paixão segundo Marcos (14,1-16,8): hermenêutica da solidariedade aos ‘crucificados’ em tempos de pandemia”[1] tem como objetivo compreender, no horizonte da teologia do Servo Sofredor, no relato da Paixão de Jesus no Evangelho de Marcos (14,1–16,8), a hermenêutica da solidariedade ao Crucificado e aos “crucificados” de hoje. Para tanto, esforçou-se por: perceber e interpretar a teologia do Servo Sofredor no relato da Paixão do Evangelho de Marcos; demonstrar a hermenêutica cristológica existente entre o Crucificado, servo de Deus, com os “crucificados” do tempo de hoje, especialmente aqueles que padecem as consequências da pandemia da Covid-19; compreender o significado da presença de personagens solidários na cena da Paixão de Jesus; e, refletir, numa dimensão pastoral, o sentido hermenêutico da solidariedade tanto para com o Servo Sofredor, quanto para o povo “crucificado” que sofre hoje. O método adotado neste projeto de pesquisa foi o de revisão bibliográfica, explorando tanto textos de teólogos e exegetas que abordam o relato da Paixão segundo o Evangelho de Marcos, com ênfase na figura do Servo Sofredor, quanto textos do Magistério, em especial os do Papa Francisco, que tratam acerca da dimensão solidária a partir da realidade de hoje, marcada, fortemente, pelas consequências da pandemia da Covid-19. Desse modo, viu-se que o Crucificado, Filho de Deus, está em profunda intimidade e relação teológica com os “crucificados” de hoje. Observa-se a relação entre o texto bíblico da Paixão de Jesus, as expressões de solidariedade presentes no próprio texto, e o horizonte pandêmico que se descortina, em consonância também com as expressões de solidariedade e compaixão, frente aos que sofrem hoje, os “crucificados” da pandemia.
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