SUICÍDIO
O Arbítrio ao Pé do Abismo
DOI:
https://doi.org/10.46731/RELICARIO-v12n23-2025-317Palavras-chave:
Suicídio. Filosofia. Ética. Saúde mental.Resumo
O suicídio configura-se como uma das mais graves e negligenciadas crises de saúde pública global, com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontando centenas de milhares de mortes evitáveis anualmente. Para além de um evento individual, deve ser compreendido como um fenômeno complexo e multifatorial, cujas raízes se aprofundam em solo ético, filosófico e social. Certos grupos estão desproporcionalmente vulneráveis: homens, devido à socialização violenta e à tendência a suprimir as emoções; usuários de drogas psicoativas e pessoas com transtornos mentais, como a depressão, sem acesso a cuidados adequados; e populações minorizadas e marginalizadas, expostas cotidianamente à violência estrutural, à exclusão e à precarização das condições de existência. O artigo se propõe a traçar um panorama histórico-filosófico, elencando alguns casos de eminência pública, a fim de dar visibilidade ao tema, normalmente envolto em silente tabu. Na medida em que deve ser compreendido como um fenômeno complexo, de natureza histórica, cultural, individual e coletiva, tratar o suicídio abertamente é não apenas uma medida de prevenção, mas também um ato político de enfrentamento das desigualdades que transformam vidas em artigos descartáveis.
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